Por Daniel
Palmer Caldeira Mendes e Daniela
Carolina El-corab Vasconcelos.
O advento de novas tecnologias proporciona muitos benefícios na medicina, dentre outros, técnicas cirúrgicas mais precisas e seguras, novos medicamentos e a probabilidade de sobrevivência ao câncer. A partir da década de 1960, constata-se um crescente aumento no número de sobreviventes ao câncer na infância. Estudos, porém, têm revelado uma maior incidência do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) em crianças que conseguiram sobreviver a essa experiência.
O TEPT caracteriza-se por um estado em que logo após uma experiência aversiva, o indivíduo entra em um estado de desintegração psicológica, no qual pouco sente ou reconhece da ameaça representada pelo trauma. Ou seja, negação e entorpecimento caracterizam sua condição. O TEPT apresenta duas características principais, que são o evento traumático, definido como "exposição a um evento que envolva a ocorrência ou a ameaça consistente de morte ou ferimentos graves para si ou para outros, associada a uma resposta intensa de medo, desamparo, ou horror” e as três dimensões de sintomas que se desenvolvem a partir desse evento, ou seja: a) o evento traumático é persistentemente revivido (ex.: pesadelos, recordações aflitivas, recorrentes e intrusivas); b) esquiva persistente de estímulos associados ao trauma e entorpecimento da responsividade geral; e c) sintomas persistentes de excitabilidade aumentada, incluindo hipervigilância, dificuldades de concentração e irritabilidade.